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Dom, Jun 30, 2024

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Subsede de Cabo Frio participa da maior ação ambiental do município

No dia 20 de setembro, a subsede do ICRJ em Cabo Frio apoiou o lançamento da ação “Cabo Frio de Ponta a Ponta – Mutirão pelos oceanos”, ação ambiental que promoveu a limpeza das águas da região.

Com acesso pelo clube, um grupo de mergulhadores retirou uma quantidade significativa de pneus velhos e outros lixos do mar. Representantes das Secretarias de Meio Ambiente e Turismo, Prefeitura e ONGs estavam no evento.

O mutirão do Ponta a Ponta teve continuidade no dia seguinte pelas Praias do Siqueira, Palmeiras, Praia do Peró incluindo Pontal e Dunas, Praia das Conchas, Praias do Forte, Dunas, Foguete e Tamoios no Segundo Distrito tornando-se a maior ação ambiental já promovida na cidade.

Coronel Leite visita ICRJ

No dia 28 de agosto, o ICRJ recebeu a visita do Coronel Edmilson Leite Guimarães Filho, o Coronel Leite. O militar é Mestre em Salvamento e Resgate, possui cursos e especializações no Brasil e no exterior, é Consultor Internacional em sobrevivência na selva, resgates de alto risco e foi um dos protagonistas do programa de televisão “Desafio em Dose Dupla – Brasil”, transmitido pelo canal Discovery.
Na ocasião, o Coronel concedeu uma entrevista ao setor de Divulgação do clube, revelando detalhes da sua carreira e de alguns resgates dramáticos de repercussão nacional que participou.

Divulgação ICRJ: Como se interessou por resgates e salvamentos de alto risco?
Coronel Leite: Depois de formado na Aeronáutica, comecei a trabalhar com formação de jovens no serviço militar obrigatório. Eu estava feliz pela minha escolha, mas faltava alguma coisa. Somente quando me desafiei a ser um “homem de resgate” da FAB encontrei minha realização pessoal. Já são mais de 28 anos no resgate da Força Aérea.

ICRJ: Qual a diferença de um salvamento em terra e em alto mar?
Cel. Leite: Não tem diferença, em ambas situações encontraremos situações adversas. Os homens de resgate SAR (do Inglês Search and Rescue – Busca e Salvamento) trabalham em qualquer bioma brasileiro onde o poder público local não tem os recursos necessários para atender uma emergência específica.

ICRJ: Qual o resgate mais marcante de sua história?
Cel. Leite: O acidente aéreo do voo 1907 da Gol na região amazônica. Foram 154 corpos buscados, encontrados e devolvidos à família. Eu já tinha feito resgates de menor proporção e acreditava que o conceito de missão cumprida era levar a pessoa com vida de volta para casa, mas depois desse acidente vi que conceder à família o corpo de seu ente querido é tão significativo quanto encontrá-lo com vida.

ICRJ: O que mudou na sua carreira após a participação no programa “Desafio em dose dupla”?
Cel. Leite: Tudo. Eu nunca imaginei trabalhar com o assunto “sobrevivência” em mídia televisiva no modo reality. O programa hoje é transmitido em 50 países diferentes. É muito bacana!

ICRJ: Quais lições de vida você tirou da sua carreira profissional?
Cel. Leite: É necessário superar obstáculos e transformá-los em algum tipo de resultado através de superação, determinação e foco, além de nunca desistir. A sua desculpa não pode ser maior que a sua vontade.


Você tem interesse em participar de uma palestra com o Coronel Leite sobre “Sobrevivência no mar e procedimentos preventivos para não se tornar um resgatado”? Envie um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Capacitação e reunião de gestores

No mês de julho, os Gerentes de todos os departamentos do ICRJ participaram de uma capacitação em desenvolvimento de lideranças.

Ministrada pela empresa Reason Treinamento em Desenvolvimento Profissional e Gerencial, o curso aconteceu em dois dias com o objetivo de apresentar conceitos e competências inerentes à liderança que promovem autoconhecimento, progresso e a integração entre os participantes.

No encontro, os colaboradores também debateram sobre atitudes, habilidades e estratégias de melhorias ao quadro social e incentivo aos colaboradores liderados.

Após os dois dias de aprendizado e debates, foi decidida a realização de reuniões mensais entre os líderes para que a troca de ideias e proximidade impactem positivamente nos processos gerenciais do clube.

As reuniões já estão em prática e buscam a excelência dos serviços prestados e trabalho em equipe.

História da Praticagem no Brasil

O que se sabe sobre a origem da Praticagem no Brasil? Quando começou? Como a profissão tomou a forma que tem hoje? Muitos dos nossos alunos e entusiastas da praticagem ficam curiosos sobre este assunto, por isso decidimos reunir essas respostas neste artigo completo. Hora de dar uma volta pela história da Praticagem!

1808
Começa a implantação do Serviço de Praticagem organizado no Brasil por meio do Regimento para os Pilotos Práticos da Barra do Porto da Cidade do Rio de Janeiro, documento assinado pelo Visconde de Anadia, Secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos e rubricado pelo Príncipe Regente D. João VI.
Neste documento, ficou definida a vinculação dos Serviços de Praticagem com a livre circulação de mercadorias, através da Segurança da Navegação em águas restritas. O Regimento se fez necessário devido a Abertura dos Portos, outorgada por Carta Régia de 28 de janeiro de 1808. Na carta, foi reconhecida a demanda de “Pilotos Práticos desta Barra, capazes e com suficientes conhecimentos, que possam merecer a confiança dos Comandantes ou Mestres das embarcações que entrarem ou saírem deste Porto”.

1881
chico da matilde
Prático Chico da Matilde, o Dragão do Mar, inicia o movimento de fechamento do porto de Fortaleza ao tráfico de escravos, na chamada Greve dos Jangadeiros. A ação conjunta dos práticos levou à libertação de milhares de escravos e ao fim da escravidão na região em 1884, quatro anos antes da promulgação da Lei Áurea.

1889
É instituído decreto para definir uma concepção abrangente e detalhada dos Serviços de Praticagem. O objetivo principal do decreto era reafirmar o decreto de 1808 e vincular os deveres e responsabilidades da Praticagem com a competência do Estado para garantir a circulação de mercadorias e a segurança da navegação em águas restritas. Foi este documento que submeteu oficialmente o Serviço de Praticagem à Autoridade Marítima.

1926
É aprovado decreto que reforça a subordinação dos Serviços de Praticagem à Autoridade Marítima, determinando que a atividade seja executada em cada localidade de acordo com regulamentação própria estabelecida pela Diretoria de Portos e Costas (DPC).

1940
É criado um novo Regulamento para as Capitanias dos Portos incluindo a regulamentação dos Serviços de Praticagem, que agora foram classificados como organizações de utilidade pública, de interesse da Segurança Nacional e da alçada do Ministério da Marinha. O documento também dissolveu as antigas Associações de Práticos e criou as Corporações de Práticos, determinando que sua administração seja exercida por um Prático-Mor, um Prático Ajudante e um Tesoureiro, devendo seus atos serem sempre submetidos à aprovação do competente Capitão dos Portos.

1959
Autoridade Marítima busca medidas para garantir que as Entidades de Praticagem tenham acesso aos recursos necessários para que os Serviços de Praticagem sejam executados segundo parâmetros e desempenho compatíveis com a atividade econômica e a Segurança da Navegação.

1961
São emitidas pela Autoridade Marítima regras sobre a administração dos recursos materiais e financeiros das Corporações de Práticos, o que caracterizou a implantação da autogestão do segmento sobre as próprias infraestruturas de Praticagem. Os Serviços de Praticagem passam a ser definidos como o conjunto de atividades profissionais exercidas pelos Práticos, atividades que agora serão realizadas em regime privado, mas preservando sua natureza jurídica pública, configurando assim um serviço público delegado ao particular.

1985
Tragédia é evitada pelo Prático Nelcy Campos no Parque de Tancagem do Brum, no Recife. O Prático arriscou a vida para guiar um petroleiro em chamas até o mar aberto, evitando a destruição do porto e da cidade. Nelcy foi aclamado como herói pela população local e imortalizado em uma estátua e em uma Regata, que leva seu nome.

1986
Novo Regulamento mantém a vinculação da Praticagem com a Autoridade Marítima, considerando as seguintes finalidades: fiscalização dos aspectos técnicos e profissionais da profissão, requisição de Práticos em casos de busca e salvamento marítimo e realização de rodízio de trabalho aprovado pelo Capitão dos Portos. Documento reforça a necessidade da profissão ser exercida através de uma Entidade de Praticagem “a fim de que seja assegurada a assistência ininterrupta a todos os navios, independentemente de tipo”.

1991
Autoridade Marítima decide não mais participar na administração das entidades de Praticagem, tendo em visto que a autogestão do setor que já vinha acontecendo desde 1959. Apesar de ainda não ter sido regulamentada, a manutenção da infraestrutura da atividade continua sob responsabilidade das Entidades de Praticagem locais.

1997
A Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (LESTA) estabelece diversas regras, incluindo um capítulo apenas sobre o Serviço de Praticagem. O documento caracterizou a atividade como assessoria e definiu melhor o relacionamento entre o Prático e o Comandante do Navio, resguardando ao último suas prerrogativas indissociáveis, sua autoridade e responsabilidades.
Além disso, ficaram definidos os requisitos para formação dos Práticos, mediante exame e estágio de qualificação, limitando a sua inscrição a apenas uma Zona de Praticagem e assegurando a todo Prático o livre exercício do serviço. A classificação da Praticagem como atividade essencial exige que o serviço esteja permanentemente disponível e estipula as formas de intervenção da Autoridade Marítima, que poderá estabelecer o número de Práticos para cada Zona, fixar o preço e requisitar o serviço de Práticos. Em função dessa essencialidade do cargo, o Prático é obrigado a atender aos chamados sob pena de suspensão ou cancelamento de sua habilitação.

1998
Foi publicado o decreto regulamentador da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA), visando a implementação da LESTA. O capítulo referente ao Serviço de Praticagem define a sua constituição, que engloba o Prático, a lancha de prático e a atalaia. Agora a remuneração do serviço passa a abranger o emprego desses três elementos, devendo o preço ser livremente negociado entre as partes interessadas. Caso não haja acordo, a Autoridade Marítima fixará o preço, garantindo-se a realização do serviço.

2000
É criada a Norma da Autoridade Marítima para o Serviço de Praticagem (NORMAM 12) com o propósito de estabelecer diretrizes para o Serviço de Praticagem em águas jurisdicionais brasileiras (AJB). Fica então definido que compete ao Diretor de Portos e Costas (DPC), como Representante Nacional da Autoridade Marítima, regulamentar o Serviço de Praticagem, estabelecer as Zonas de Praticagem (ZP) em que a utilização do serviço é obrigatória ou facultativa e especificar as embarcações dispensadas do serviço.

2009
debora gadelha
Prática Débora Gadelha assume o cargo após ser aprovada no concurso de 2008. É a primeira mulher na função desde o estabelecimento da Praticagem brasileira.

2010
Prático Hercules Lima funda o Curso H, o primeiro curso dedicado exclusivamente à preparação para todas as etapas do Processo Seletivo para Praticante de Prático. A metodologia de sucesso aplicada no curso foi desenvolvida com base nas anotações de estudos e aprendizados do próprio Hercules, que passou em 1º colocado na prova escrita do concurso de 2008.


Quer saber mais sobre a Praticagem ou se informar sobre como se tornar um Prático de Navios? É só acessar este link.

Concurso define selo comemorativo dos 100 anos

No dia primeiro de agosto foi definido o selo comemorativo do centenário do clube. A marca foi escolhida através do concurso “100 anos do Iate Clube do Rio de Janeiro” promovido pelo ICRJ em parceria com o Istituto Europeo di Design (IED Rio), que selecionou uma entre mais de 20 opções de identidades visuais para este marco histórico.

A vencedora do concurso foi Victoria Andreoli, 33, designer independente e pesquisadora de comportamento e tendências. Victoria se inspirou no movimento das águas partindo da perspectiva do navegante que, na Baía de Guanabara à beira do clube, avista o Pão de Açúcar, um dos principais cartões postais da cidade e da sede do ICRJ.

A nova identidade será utilizada em materiais impressos, mídias sociais, sites e aplicação de marca em impressões de grande formato. A premiação do concurso foi uma viagem ao IED de Milão, na Itália.

Campanha “Rodando com tampinhas”

O ICRJ é participante da campanha solidária “Rodando com tampinhas”, que reverte o dinheiro da venda de tampinhas plásticas para reciclagem em compra de cadeira de rodas, posteriormente doadas aos pacientes da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR).

Só no último mês, foram entregues vários coletores lotados de tampinhas! Agradecemos a colaboração dos nossos associados, visitantes e colaboradores nessa missão. Os pontos de coleta continuam ativos na varanda do restaurante, lanchonete do convés e secretaria. Participe!
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